sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cérebro

Continue dando o máximo
Quando o máximo não agradar
Quero que torne-se caroço
Do mais duro e escuro

sábado, 23 de outubro de 2010

Texto do sábado a noite

Que vantagem!
Virei, abraçei duas vezes e fui ao banheiro tres vezes
Que giro, minha barriga mais doía que sorria
E ninguem acreditava

Agora quando estou em casa, todos dizem eu viver ilusão
Agora quando
E quando! É, meu sabado, quando? Quando foi? O que falei?
Ih, meu rebanho, meu cardume de peixes! Minhas sardinhas!
As piranhas que mais gosto, nunca amei! Apenas gosto demais
Esse é o maximo! Nunca te contei, tenho vergonha de contar
Meu sábado é que libera isto tudo, tudo mesmo! Como é incrível!
Aliás, como é possível? Amanha já está tudo resolvido e em menos de seis horas
Eu digo, antes de tomar meu remédio, estará tudo bom, eu estarei bem
Que incrível!
Uma noite e tudo está em vantagem, é como planejar o futuro quando tudo dá errado
Meu plano parte de, de, de, de
De que parte? Eu quero falar, mas tenho vergonha! Nunca irei falar!
Nunca não, quem sabe daqui a uns dois anos se tudo der certo! Aí eu irei falar
Palavra por palavra e ninguém irá questionar, tudo tão certo que minha corisa irá admitir que é menos complicada e encomodadora! Bem menos!
É
É
É
É
Meu, Meu, Meu! Tirei o leite, ligeiro! Leite sem cheio, como bebês nascem sem cheiro
Isso é plágio, plágio é ridículo, que ridículo é isto! Parei por aqui!'

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meu tapete

Não me faço por mais
Porque minhas pernas caíram
Nem demais para o meu mal
Que exista mais uma viajando
Que viaja tão longe quanto eu
Quando minhas pernas caíram
Que caia junto, a mesma queda
A mais suave, a mais justa!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

X-X-X

Que seja um dia e
Meu bem será o amanhã
Que fosse mentira, será
Minha bela manhã

Quem diz que um dia
Viveu calor e já
Será uma breve terdia
Meus bem era tarde, dirá!

Que faz um doce dia
Uma manha que traz
Uma bela tardia e será
Meu dia, que dia, que amanha!

Se uma vez já quis
Eu me pergunto porque já quis
Quis um dia, mas refiz
Refiz e nao mais quis
Quem quisera não me diz
Agora se eu quero não me diz

Homem, quem fez a tua imagem?
Será que um dia já se quis assim?
Quem pensou um dia e tornou-te assim?
Quem te criou? Quem?
Uma membrana, meu homem, acabe logo com ela!
Logo, logo! Logo!
Logo.
Logo. Logo! Por favor.
Logo, homem!
Logo! Logo! Logo! Logo!
E que grande membrana!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Meio dia e sol na cabeça

Quanto rodopio e volto ao início
Talvez não seja o rodopio
É falta de sonífero, banho frio
E que zigue-zague minha cabeça já fez
Mais vinte e quatro horas de felicidade
Como a terra gira e não percebemos
A verdade gira dentro das nossas cabeças
Não sabemos onde ela começa e onde termina
Nem sabemos quem está por trás desta e se tem luz
Quem a viu estava discretamente caminhando nua
Nos faz atores dos olhos de nossos cachorros
Ou talvez nem exista. É!
Acredito que ela sumiu e ninguém percebeu
Já está escuro de novo
Já é noite! Pôr-da-verdade! Boa noite!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Primavera

A televisão não avisou, mas as glândulas reprodutivas estão de volta. A Natureza mais uma vez me fez de idiota. Chegou a hora de entrar na água, fechar os olhos e ouvir os gemidos das plantas fazendo amor pelo ar.

domingo, 19 de setembro de 2010

Escapamos
Droga, eles não se importam
Derramaram a ultima água nos pés
E que fuga é essa?

Rádio de Outuno – Os Plosivos

Me deixe entrar nessa sala
E soltem suas mentes nesse lugar
Vagar cidade adentro não me inspira
Inspiração liquida num sábado noturno

Nos fazem cansados e sonolentos
Nos sofás macios e laranjas da sala
Numa radio de outono
Minhas memórias caem com o frio

Porque não cair como elas?
São tão simples e secas
Quebram com apenas uma pisada
Não, não somos iguais, você sabe

Esquecemos vocês, mas não seus nomes
É, você quer ser grande?
Façam com que vejam o sorriso
Correndo nas veias do rosto

Pule o mais alto possível
Nada é igual como antes
Agora o que era tudo insano
Parece ou é tudo como sempre deveria ser

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Que aperto

Essas fobias andarilhas espalhadas pela calçada
Com fantasias de humano e piruca longa, preta e lisa
Com fantasias com humanos
Hálito seco, cheiro de gás, muito magras
Prontas para engordarem com o menor deslise
O tempo é o único inimigo delas, e só virará fobia daqui a 29 anos

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nada de aperto, para perceber é só abrir os braços
É este vento que bate na ponta dos seus dedos
Que eu sempre falo a respeito. Eu o chamo de vida

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Limão

Que calor sai que o vento não traz
Se calor caísse do céu, minha alma seria quente
Minha cabeça ferveria e meus pés aqueceriam!
Agora abra os braços e sinta o vendo, este vem das colinas
Vem da nuvem fria, do alto impiedoso e gritante
Agora grite, grite para que te ouçam, pro vento descer
Pro céu cair, pra nuvem derreter e sua cabeça explodir

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Do portão de casa

Já te ocorreu a felicidade nos olhos?
Disseram que toda a verdade não ama
Então vem cá! Me abraça e me leva embora!
Eu não vivo longe, mas minha cabeça não tem lar
É verdade!
Aceite a minha junto, perto da tua!
E agora olhe ao redor e tente lembrar
Das proibições que sofreu aqui e ali
Do livro que lia na varanda
E do dia que olhei para o chão e disse:
Ana, a felicidade aqui é você!

Leila ainda ama seu revólver!

Me esconde, a raça me escuta!
A Leila me traz seu prazer,
A Leila me escuta, ela é raça,
É vida! A Leila é minha!
Ficou como está, ficou aqui
Seu jeito, seu gesto indecente
Sua raça me escuta, Leila, me ouve
Leila, me escute, me ouça, Leila
Nunca pare de sorrir, Leila
Nunca ouça seu coração, nunca finja
Fingir é feio, Leila, fingir é fora de ti
Fingir é feio!
Sua raça te escuta, amor, não finja!
Agora tu se perdeu! Cadê tua arma?
Se jogou pra cima e esqueceu que caía
Quem um dia pulou me disse como é lindo
O céu e como as nuvens esquentam quem pula
Leila, tu esqueceu que tu caiu?
Que uma viajem para uma floresta te traga de volta
Ou que um pique nique seja o suficiente,
você lembra de quando íamos pra floresta?
Leu o jornal de ontem? Leia, Leila! Leia
Agora é você e o mundo no jornal, as notícias
As notícias também me consomem, eu não fujo
Foge por mim, foge pra loge, use sua arma
E de um tiro na sua cabeça, não erre mais!
Leila, agora pare e me escute, Leila!
Pare e me escute, o mundo te assombra?
O mundo é refletido, o céu já não é azul
Nem o jornal possui letras, frases! Tente ler!
Nem o sol é quente, o sol é frio! A lua é fria!
O mar é frio, seus cabelos são frios, Leila!
Sua boca tem cheiro de tinta e seus olhos escorrem
Sua beleza é triste e morena, mas é intacta!
Leila, minha realidade! Agora me escute novamente
Entregue-se ao mar, deixe-se guiar pelas ondas
Não faça força, não respire, não pinte mais seus lábios
Esqueça tudo o que eu te ensinei!
Leila, Leila, o mar é lindo, você é linda, as ondas são graças
Navegue e flutue na alma da água que é tão quente quanto a sua
A sua alma é quente quanto está longe de mim!
Leila, sua alma é quente quando está longe de mim!
Leila, me escute, sua alma é quente quando está longe de mim!

Formigas

Eu lembro do dia! Eu estava perto da minha janela, e da minha mão saíram formigas. Uma de cada vez! Saíam e não voltavam mais. Quando percebi que minha mão estava inflamando, vi meu pé direito com mais formigas! O meu pé tinha se tornado um formigueiro! A terra era o sangue e as raízes os músculos e ossos. Continuei a matança, uma por uma, e não previa hora para acabar! Lembro de ter visto através do buraco do pé a pequena a sociedade organizada, algumas caminhavam sobre meus ossos e outras banhávam-se de vermelho. Continuei a matança!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Rua vinho e vinho na tua

Sem cegueira e sem norte
Minha vida se resume a uma rua
Que nela meus pés apitam
E os caminhos não me respondem
Ainda depois lhe pergunto
Se quanto foi contruída
A verdade estava no concreto
E as ideiais eram areia molhada
Verdade é plástico!

terça-feira, 20 de julho de 2010

É minha vida tambor e meus zumbidos no fundo.

Fermentação pessoal

De asa de voo, caí e rolei
Sem recuperação me vi e me revi sob um espelho do chão ali
Aí bateu a violência!
De luz acesa ou apagada, porta aberta ou fechada
Eu rio sobre minha cama reta e branca, manta branca
Olhos girando e a mania nunca sai disso, nem daquilo
Eu fermento sobre a cama, sobre a terra com vinagre
Nenhuma dança me acompanha e nenhuma melodia me agrada
Violencio a mim mesmo mas não quero danos, chega deles
Disposição fica cai e me leva junto, disposição também fermenta
Bolor branco sobre a cama, me lavo e não estou novo, me controlo
Não, sem televisão, sem melodia, sem nenhuma causa, sem amores
Leve ar e denso bateu agora! Como pude dizer tudo isso? Estou aqui
Me olho no espelho e só vejo a figura que mais vejo!
Parei para pensar um pouco! Fermententei!
Tudo finalmente acabou. Meu bolor.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Das noite às manhãs

Canta minha noite, que meus pés te acompanham
E esqueça as mentiras que a Lua te conta!
Não vá embora antes da luz laranja do Sol
Me siga pelas ruas ou me guie sem rumo
Me embriague e me transforme em vinho
Da cor do sangue e tinja a Lua
Tão de repente me derrote em uma das ruas
Para que um dia novo cresça.

domingo, 11 de julho de 2010

Vitamina Noturna

A noite. A noite sempre cai e me faz cair. Derruba as tropas da minha cabeça... e que peso. Giro em torno de mim mesmo e perco meu ritmo. Ali fecho os olhos e meu mundo para. Tudo para de girar e até mesmo o escuro pára para me escutar. Escutar um pulso e uma memória desconfiada. Nada mais justo ao silêncio.
Não durmo. Meus pensamentos não caem enquando meu corpo cai. Esses pregam-se na noite e me deixam esperando no quieto. Criam asas na Lua e junto a ela, brilham mais alto; brilham para me fazerem vê-los e para me lembrarem que ainda os possuo. Minhas memórias minhas maçãs podres. Meus atos duros me enterram na cama. Na terra.
É agora que os lençóis me absorvem, meu corpo treme e minhas luzes tornam-se azuis. Meus demônios descem da Lua aos voos com suas mãos enormes e furam meus olhos. Derrubam as paredes do meus quarto e atiram as esperanças contra o escuro. Não consigo mais ouví-las, não enxergo sequer minhas mãos. O azul tomou conta do meu eu e eu não sei como impedir. Eu não consigo abrir os olhos e é ameaçador. Dormi.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tão Longe Tão Vulgo

Hoje é o dia de largar meus úteis e de nenhum resistir
De dizer a minha ente querida um adeus e a cidade grande cidade alegre um olá
Cidade livre, descuida e sempre coberta do champagne chantilli doce
Grande cidade, minha nova urbana cheia de vida limpa e boeiros de maciço
Dos choques de raças e de ruas alfaltadas, calçamentos e dos prédios amarelos
Dizer que ao chegar em casa, eu deito no colchão e abaixo vejo a cabeça já conhecida
A qual no mundo desreal me entende e tão real quando meu novo instinto desmente

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Besouros e a trilha sonora

Um homem morre de infarto enquanto rega as plantas do jardim e cai sobre a grama verde. Abaixo, dezenas de besouros escutam, movem-se e cantam.

Fora de si

Se desmente num ato, cria outro logo em seguida
Só não faz daquilo que sempre sonhou, mas não sonha mais
Agora só corta folhas e a grama que sempre vive alta
A grama que conserva as larvas do passado e da ilusão
Nada mais pega sol, que arrepio na barriga
As borboletas agora são larvas que se cruzam e brigam
Me engolem de dentro pra fora
Seguem sua vida escura no interior, meu interior fantasiado
Mas bem mais clara desta aqui fora, perto do claro

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Valley

Tão denso
Tão verde, só de forestas frescas e verdes
Grama torta e grama verde!
Lá embaixo a casa vermelha, o destino da saprófaga
Lugar onde as minhocas crescem, onde o teclado efetua
De lá ouvem-se as correntes batendo, querendo fugir
Uma tesoura mal guardada, aquela que estragou o rumo da jovem
Aquela garota que perdeu o ônibus e quis desvendar um mistério

Dr. Frankenstein

Francamente, agora eu quero ouvir você falar! Eu quero que me conte como é nascer adulto e ser tão vivo! Você e seu exército de pedaços bombeantes de sangue para cabeça turbilhada... Grande homem! É tempo de viver. Viva! O futuro te invejará, minha grande máquina de idéias. Meu menino!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

SHOOTA ORCA

Orca delirante, limpa de tudo que é malicioso
Me saqueou pro mar fundo e me afogou de sal,
Eu digo, o doce de seus dentes tem gosto de cachaça
Marinheira tônica, bar de esquina, mamífera de gaveta
Lá veio e me virou o olho vivo, não atirei
Quem um dia já velejou ali não a viu, eu esclareço
Se a pergunta também não quer entrar no mar
Te aconselho, marinheiro, deixe-a navegar

terça-feira, 15 de junho de 2010

Demarca

Te digo que derramei minha mente sobre o tapete terrestre. É a única coisa que te digo. Não quero que você veja ela secando debaixo do vermelho do céu ou diluindo-se nas águas sujas. Você pouco quer ver isso também. As perfeições são as coisas que te facinam. E eu apenas canto. Eu canto de canto em canto. Canto para um mundo que me encanta. E você, você me escuta? Tire a terra da boca e vá para um canto.

Inspirado no conto "As Aventuras de Marta" de Luiz Henrique Budant.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Improdutivo

"Quando nossa liberdade parecia idealizada, eu ouvi seu pedido de limite. Sua voz fez eco no meu ouvido, parecia nunca parar de soar, e minha raiva ecoou igual sob meu corpo.
Será que minha realidade se desmentia? Nossa realidade."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dentro de casa

"A noite solidifica o ser amolecido pelo sol diário. A lua o compacta de forma tão repentina que seus pensamentos condensam na forma abstrada."

Rotina

Um animal enxerga todo o silêncio da rua e nada pode falar. Ele brilha com a luz da lua, mas não conta a verdade.
Do outro lado da rua, a velhinha da casa 38 explica aos netos a coisa feia que é roubar e os põem na cama.
O animal enxerga a velha desligando uma luz e não conta a verdade.
A velha enxerga o animal e lembra que precisa comprar leite no dia seguinte.
O sol sobe.
A velha veste seu suéter amarelo e caminha rumo ao mercado.
As portas do mercado esquentam ao sol diário.
A velha recebe cinco centavos de troco.
Cinco cachorros da esquina da rua lembram que é hora de abrir os sacos de lixo.
A velha desvia os cinco e grita com a sujeira orgânica da rua.
O animal enxerga os cinco cachorros olhando o leite e não conta a verdade.
Os três netos esperam a velhinha sentados no sofá de casa enquanto assistem desenho animado.
O sol desce.
A velha prepara uma sopa para os netos e eles adoram.
Os cinco cachorros da esquina da rua sentem o cheiro salgado e lembram que já abriram os sacos de lixo.
O animal dali enxerga os cinco cachorros e a casa 38.
A velha assiste seu programa de televisão favorito e põe seus netos na cama.
A velha apaga as luzes e enxerga o animal sentado e lembra que precisa escovar os dentes.
O animal enxerga o silêncio da rua. Ele visualiza a lua e brilha.
Mas não pode falar. O animal não pode contar a verdade.

domingo, 6 de junho de 2010

Palavras Inflamadas

Pus em ordem

Extramental Extraterreno Experimental

"- Próxima parada: Planeta Terra. Quero que todos apertem os cintos! Apertem forte!"

Meu verniz

Já refiz! Não te quero, já te quis.
Eu não fiz, eu não quis, eu bati a mão e refiz!
Fiz, ouvi, não reli, eu menti!
Só quis, só quis, só quis e eu menti.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma conversa e uma cutuca!

"Fazer um gesto intenso até que as águas do Pacífico queimem, do seu vapor me molhar e junto minha alma pelas suas marés molhar.Ondas que conduzam meus olhos fechados flutuados em pura energia e nada pode ser mais denso que isso. Nada." - disse ele.
"É só isso que você pensa, Grê?" - perguntou a grande voz com seu sempre tom superior.
"Sim, só!" - completou.

sábado, 22 de maio de 2010

"Sou ser humano, preciso ser humano."

sexta-feira, 14 de maio de 2010

De uma tarde rápida se fez

Mente Tormenta saíu de casa, pintou a noite, caíu no chão
Mente Tormenta pulou de vasos, levantou os braços no vagão
Mente Tormenta ainda atormenda aqueles que sentam, que sofrem depressão
Da clara Tormenta, nasceu uma Mente que nunca derramou sua solidão

terça-feira, 11 de maio de 2010

Os Escassos

"... e se todos aqueles loucos tentarem contornar as ruas e caírem aqui perto, eu vou ao encontro deles."

domingo, 9 de maio de 2010

Meus Poréns

Se se instala, se articula
se deixa memória, se anula

Se se volta, se nada têm
Se nada têm, nada deixei
"Do jeito que tudo vai, jeito nenhum parará."

sábado, 1 de maio de 2010

Nasce de você a revolução

"Mas por mais rosas que os poderosos matem, nunca consiguirão deter a primavera."

Vontade - Ideia no Café

Compreendo se aquele jeito de pensar estava errado. Minhas manias de agir crescem ispiradas no que a nação não me mostra. Tudo o que sugado é, transformado será! Nada podemos fazer pra transportar a matéria excelente de volta para seu lar: a cabeça! Cabeça, nossas cabeças, muitas cabeças, cabeça e cabeças, várias delas, milhares, cabeças e cabeças sem lar. Sem lares.
"De algum modo, foram os sorrisos marginais que colonizaram o Mundo. E serão eles que botarão um fim em tudo."

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ciclo da Chuva

"Lembra do frio de dias atrás? Hoje ele pousou em mim como uma mosca. Várias moscas! Do céu trouxeram água nas asas e da Terra levantaram o cheiro primitivo. Emergiram sob rodas geladas e nas estrelas desapareceram novamente..."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Um pouco incandescente

Deram os vários golpes no palanque
Quebraram a viga do sistema antigo
Ritos e remos caídos no rio tomaram rumo
Fugiram para onde descascassem em paz

Um deles saíu do rumo e em chamas viveu
Contou aos netos de como em fogo sofreu
Pouco menos do que os hoje em dia cresceu
Remou, remou, remou e sem rumou correu

Um pouco remanescente

Nada acima do topo
Gritam os poucos vagos
Sem representaçao alguma
Aspiram o ar dos muitos

Não lembram de onde vieram
Do bolor das cores não foi
Do fundo negro não nasceram
Foi do grande mau dinheiro

Um pouco transparente

"Lembra quando tudo era manchado de tinta e que o papel não embrulhava? O vermelho sempre cobria o que víamos e o azul apenas representava o céu! Os brancos barrancos eram substituídos e então o marrom assumia o posto. Nada mais tirava as cores do trono, os "deuses" jorravam vida e amavam trocar papéis"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Abra a boca e deixe sair o que precisa sair. Serão grilhos, será tinta, será areia ou mais Terra!"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

De Música para: Os Ouvidos

Nada de som depois da Voz Alta
O horário agora é um inimigo
Foge mais rápido que engole o som
O som que aos poucos te consome

Nada além de gritos, de barulho
Aquele silêncio que ninguem quer ouvir
O ar seco e uns ouvidos atrofiados
Esperando mais um uivo os acordarem

A energia acaba e a realidade volta
Sentimos nossos dedos novamente ali
Sentimos que não estamos mais aqui
Talvez ali, talvez nem estamos
Talvez a música é que se acabou...
A música está sumindo... sumindo...
Sendo apagada! Apagou.
A música não existe mais!

Mau Mundo Meu

"- Mundo, o que você disse a Deus para ele ter te deixado deste jeito?
- O chamei de velho triste e que sua palavra valia menos que nada!
- Uhh... péssima idéia!"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uso algumas palavras do livro "Eram os Deuses Astronautas?", de Erich von Däniken, para reerguer e reafirmar o conteúdo escrito nesta obra de 1968: A nossa Arqueologia está errada!

domingo, 11 de abril de 2010

Feito uma helis bomba H

Eu vou ter que me acostumar... vou pra nunca mais voltar. Pedi desculpas e desejei boa sorte! Chega de pensar em censurar, eu hoje vou me detonar. Vou arrumar minhas rodas e não vou pagar. Mas nesse quarto eu não vou ficar!

sábado, 10 de abril de 2010

Instinto sujo (Descrição de um sonho)

"...eu e ela, um de frente para o outro a cerca de 5 metros de distância. Olhos fixos, ódio no coração, a vontade de vencê-la é que pulsava meu coração. Ainda olhando para mim ela arranca de suas costas uma arma motorisada; eu tirei a minha também, coberta de fogo. Todo o estrago possível foi feito... ninguém se feriu."

Instinto sujo (Descrição de um sonho)

"...as sete pessoas estavam amarradas e caminhavam pela floresta em fila indiana. Todos sujos de terra, suados e cansados de tanto esforço. Avistaram mais abaixo o outro bando amarrado caminhando entre fileiras de milho, os rivais. Ao se verem, correram uns aos outros juntos até se chocarem, o primeiro grupo exterminou o outro. Eu fiquei assistindo tudo de perto, ninguém me viu. Eu vi tudo e ninguém me viu, ninguém me viu..."

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mal Digerido

Trancou-se no corredor e ali ficou! Ninguém o tirou, ninguém ao menos o tentou tirar, as paredes apertaram-o novamente e dalí sua boca gritou "Vão e gerem luz como eu gero força". Os demais entusiasmados correram para baixo e caíram no quarto vermelho "É aqui que o fogo se alimenta, cadê nossa luz?" gritaram! O pobre acima viu tudo e lhes disse "Partam-se, tranformem-se em claridade e clarão... este é o limite da vida" e ali continuou fixo no corredor mole!
A mãe agitada, correndo de um canto para o outro da casa, responde ao filho apressadamente "Filho! Mamãe tá ocupada, entra no carro que já vamos no médico". O filho entra no carro, inclina o banco e carrega sua mão acima da barriga pensando "Como foi acontecer isso? O que tranca minha garganta?" e não abriu mais o olhos. A mulher procurava desesperadamente seu cartão de crétido, seu casaco de pele e seus sapatos vermelhos-estômago comprados ontem. Este é o limite da vida.

Previsão do Tempo

O tempo destrói tudo... e tem grandes chances de chover hoje!

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Projeto!

Quatro jovens, não estudantes de cinema, resolvem pegar uma câmera e entrar floresta a dentro para fazer um documentário sobre a lenda de uma bruxa que viveu ali. Ou simplismente para ter um registro da época que estavam tentando desviar - época rotineira e com pouca surpresa. Os quatro nunca mais foram vistos. Dia após dia suas expressões mudaram, sorrisos apareceram, pensamentos otimistas! Jovens projetados não mais pelo Sistema.

Prece Cósmica

"Simples... era o auge da psicodelia, a igreja era (e é) instrumento do estado conservador... nada mais justo, que criar uma outra prece, que não a da igreja... Então surge a Prece Cósmica.... antes de dormir faça a sua! - Vinícius"

Minha prece:

Saia de cima de minha janela e
Pules os degrais da porta
que cobre os que pouco falam
Neutros por cimento e pedra dura
Anjos conservadores e altos por
confiarem um nos outros e não em si
Que algo mais forte os faça mudar
Da escada cinza à janela mais próxima
"Para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar,loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações..." J. Kerouac

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não!

O que há acima do telhado de sua casa? Além das antenas de televisão, das árvores que encobrem, das nuvens que tapam e dos prédios, milhares deles, que nos cegam. Além do céu azul, do céu cinza, do céu amarelado, alaranjado. Além da migração dos pássaros, dos aviões, da pequena e luminosa Lua e do magnífico Sol. Além dos poucos planetas conhecidos, das luzes no céu, das galáxias, das milhares de bilhares de estrelas não-ocultas pela fumaça. Além dos buracos negros, das fontes de energia inimagináveis, da poeira cósmica, da possível vida extraterrena. Do Infinito.
Vou ficar embaixo do meu telhado, no meu mundinho TV!

Não era pra acontecer!

Quando achei que podia descansar
Aí sim a torneira começou a pingar
Esperou o momento certo começar
Pra soltar água, cair no chão e cantar
Sem mais, me deparei com outro pingar
Levei um pano para a água enxugar
e cai!

Do mar para o lar

O frio volta a bater a minha porta
Entra pelos diversos cantos da parede
Aterrisa em qualquer azulejo branco
Sua batida levanta a madeira e entorta

Traz consigo o frescor de uma inspiração
Minhas ideias são aquecidas igualmente
Veio para me ensinar a viver parcialmente
"Vá e enegreça como olhos de tubarão".

Cosmonauta Caseiro

No domingo bateu um vento fraco
Chuva rala, sem vida, céu frio
O cinza tomou conta da minha cabeça
Sempre penso que isso não acontecerá

Será que os astronautas descem hoje?
Eles nos deram um tempo previsto disso
Malditos que nos enganaram e não avisaram
É apenas uma ideia fraca da massa cinzenta

Quatro paredes diminuem o relógio
Cada minuto mais perto de achar a verdade
Uma verdade nascida com a mais triste chuva
Chuva rala, sem vida, céu frio
Fotografias, história do mundo, escrita, construções, deformação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, cinema, polêmica, música, compôr, poemas, família, bizarro, cabeça, tecnologia, lixo urbano, cósmo, futuro, amigos, línguas, socialismo, café, vinil, mulher, bateria, apre(e)nder, expressão, arte, comunicação, energia, cor, imagem, ideal, definição...
Explosão Mental!

Para os que viveram em séculos passados.

Estou acreditando que todas as pessoas hoje tem uma cabeça turbulenta, o que as difere é que umas apenas turbulentam em público e outras turbulentam na própria cabeça! Quem exibe demais em público é rotulado como "louco", "revolucionário sem futuro", "sonhador" (no pior sentido de sonhador) e coisas do mesmo; quem aplica isso em si mesmo fica perdido e tem grandes chances de entrar no mundo podre!
Tentar um meio termo? Não muito e nem pouco? Não pra sociedade e nem pra si mesmo? Não no século vinte e um.

Atemporal em tempos temperamentais!

Todos ao meu redor estão acomodados, alguns bebem pra fugir do mundo real por meia hora, mas porque eles se alimentam disso?
Será que eu sou o único que quer revolução aqui e agora?
Agora, Agora, 23:31 eu quero revolução!
Quero gravar um filme, quero dinheiro fácil, quero trabalho voluntário, quero me formar, quero brigar contra o sistema, lutar pelos meus ideias e enterrar aqueles que buscam diminuir os que não são da equipe.
Será que se as formigas que matei no meu corpo resolveram minhas preocupações? Será que minhas idéias irão acabar logo de tanto deixá-las paradas? Elas estão paradas porque a sociedade quer? Eu quero movimentá-las, porque não estou movimentando?
Nesse momento eu queria estar trabalhando numa loja de queijos na Polônia, ora, um dia ainda vou estar lá!
Que sonhos...

Medo

02:02 da manhã e alguém bateu na porta.

-Fala!

Acordei e fui comer pão com casquinha
Elas voaram e me induziram ao Kyrit
Uma mistura de café com coca malvada
A coca serve pra não deixar o café
Muito quente esses dias aqui

Elas não apenas sairam do pão
como levantaram vôo, foram pro teatro
tocaram chimbau em semi-colchea
a menor tocou gaita de boca
com sabor de pão-torrado

Deve ter sido de tanto assoprar
Dizem que assoprar esquenta!

Meu melhor amigo

Sempre o vejo passando
Nos seus melhores momentos me inspirou
Aquela vontade de ser ele todo momento
Nas ruas eu ando como ele
... e justo hoje ele me traiu
O admirei tanto que perdi a noçao de tempo
Maldito Filme

Poema da Expressão de Sentimentos por Poemas

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Uma vez por semana, durante um ano! Ao som de Harry Belafonte
passar noites e noites bebendo
discutindo sobre política falando bobagens e poesia
bebedeiras de jovens poetas, noites de prosa e alegria
oh isso isso
quero beber, faz anos que nao bebo, ja estou barbudo
barbudo e desempregado, passando frio na rua da amargura
''pobre hombre''
oh a ela cura tudo isso até corta minha barba
garota que nem sabe desde quando está nesta
ela procura toda primavera uma forma de viver
achou seu companheiro a um ano e pergunta pra ele todo dia:
"vamos viver?"

Do alto da pedra

Do alto da pedra eu vejo cavalos
eu vejo cercas escondendo arvores
vejo pedras escondendo luzes

No alto da pedra vejo pessoas
eu ouço sirenes
vejo uma menina fotógrafa

Até o alto da pedra eu não vejo
sinto vento no meu braço
sinto cheiro de terra laranja
com cavalos, cachorros, ferro velho
placas, caminhões e prédios
Porque no alto da pedra eu só vejo o que eu nunca senti before?

Poema do Ventilador Suicída

A marca me lembra Mondo Trasho
Mal foi montado já pulou pra baixo
Voaram umas três, quatro, cinco peças eu acho
Agora não gira mais porque perdeu o encaixo

Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010 - Tubarão

Tão quente que o ventilador se suicidou!
"A voz fina chegava aos meus ouvidos
Sobre cores que mudaravam rapidamente
Vermelho, azul, verde e roxo
Me lembro claramente do vermelho."

Haikai da Beltrana

"Subiu na drabina
olhou o farol
e brilhou sobre o mar"

Aquaman

Aquaman ergueu-se do chão
Aquaman disse um poema
Aquaman não foi ouvido
Aquaman terminou de dizer o poema
Aquaman deitou-se na cama
Aquaman desmanchou-se na cama
Afinal, Aquaman eram permeável
Esse Aquaman...

Julieta levou a cama para a lavanderia
Julieta levou a cama para lavar
Julieta levou a cama para secar
Julieta viu Aquaman indo aos ares
Julieta achou que era só agua
Afinal, Julieta não amava Aquaman
Esse Aquaman...

00:51

"zero zero cinco um
dois pontos os separando
cinco um se confrontando
zero zero são nenhum"


Ao ouvir esse poema, correu chorando para o seu quarto e enrolou-se nas cobertas. Petrova a perturbou com estes versos porque a amiga ficava acordada depois da meia-noite.
Nesta mesma terça feira, enquanto Petrova escolhia que roupa iria vestir em sua formatura, assustou-a instintivamente com o poema e, ao vê-la correr horrorizada novamente até o quarto, rapidamente entrou no mesmo quarto para ver a cara da amiga. Ao tirar a coberta de seu rosto, Petrova assistiu a figura mais grotesca de uma grande barata contorcendo-se na cama. Gritou alto para a casa inteira ouvir, mas lembrou-se que estavam sozinhas. A amiga veio embaratadamente em sua direção e comeu sua cabeça. Foi até a cozinha, rasgou as roupas de formatura da comida e as vestiu. Voltou ao quarto, olhou-se no espelho e cantou forte a música mais ouvida na rádio daquele mês. Apanhou Petrova que estava no chão e a jogou encima da cama em que antes chorou. Arrumou o lençol e deitou-se na cama para dormir.