Trancou-se no corredor e ali ficou! Ninguém o tirou, ninguém ao menos o tentou tirar, as paredes apertaram-o novamente e dalí sua boca gritou "Vão e gerem luz como eu gero força". Os demais entusiasmados correram para baixo e caíram no quarto vermelho "É aqui que o fogo se alimenta, cadê nossa luz?" gritaram! O pobre acima viu tudo e lhes disse "Partam-se, tranformem-se em claridade e clarão... este é o limite da vida" e ali continuou fixo no corredor mole!
A mãe agitada, correndo de um canto para o outro da casa, responde ao filho apressadamente "Filho! Mamãe tá ocupada, entra no carro que já vamos no médico". O filho entra no carro, inclina o banco e carrega sua mão acima da barriga pensando "Como foi acontecer isso? O que tranca minha garganta?" e não abriu mais o olhos. A mulher procurava desesperadamente seu cartão de crétido, seu casaco de pele e seus sapatos vermelhos-estômago comprados ontem. Este é o limite da vida.
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