quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ciclo da Chuva

"Lembra do frio de dias atrás? Hoje ele pousou em mim como uma mosca. Várias moscas! Do céu trouxeram água nas asas e da Terra levantaram o cheiro primitivo. Emergiram sob rodas geladas e nas estrelas desapareceram novamente..."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Um pouco incandescente

Deram os vários golpes no palanque
Quebraram a viga do sistema antigo
Ritos e remos caídos no rio tomaram rumo
Fugiram para onde descascassem em paz

Um deles saíu do rumo e em chamas viveu
Contou aos netos de como em fogo sofreu
Pouco menos do que os hoje em dia cresceu
Remou, remou, remou e sem rumou correu

Um pouco remanescente

Nada acima do topo
Gritam os poucos vagos
Sem representaçao alguma
Aspiram o ar dos muitos

Não lembram de onde vieram
Do bolor das cores não foi
Do fundo negro não nasceram
Foi do grande mau dinheiro

Um pouco transparente

"Lembra quando tudo era manchado de tinta e que o papel não embrulhava? O vermelho sempre cobria o que víamos e o azul apenas representava o céu! Os brancos barrancos eram substituídos e então o marrom assumia o posto. Nada mais tirava as cores do trono, os "deuses" jorravam vida e amavam trocar papéis"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Abra a boca e deixe sair o que precisa sair. Serão grilhos, será tinta, será areia ou mais Terra!"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

De Música para: Os Ouvidos

Nada de som depois da Voz Alta
O horário agora é um inimigo
Foge mais rápido que engole o som
O som que aos poucos te consome

Nada além de gritos, de barulho
Aquele silêncio que ninguem quer ouvir
O ar seco e uns ouvidos atrofiados
Esperando mais um uivo os acordarem

A energia acaba e a realidade volta
Sentimos nossos dedos novamente ali
Sentimos que não estamos mais aqui
Talvez ali, talvez nem estamos
Talvez a música é que se acabou...
A música está sumindo... sumindo...
Sendo apagada! Apagou.
A música não existe mais!

Mau Mundo Meu

"- Mundo, o que você disse a Deus para ele ter te deixado deste jeito?
- O chamei de velho triste e que sua palavra valia menos que nada!
- Uhh... péssima idéia!"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uso algumas palavras do livro "Eram os Deuses Astronautas?", de Erich von Däniken, para reerguer e reafirmar o conteúdo escrito nesta obra de 1968: A nossa Arqueologia está errada!

domingo, 11 de abril de 2010

Feito uma helis bomba H

Eu vou ter que me acostumar... vou pra nunca mais voltar. Pedi desculpas e desejei boa sorte! Chega de pensar em censurar, eu hoje vou me detonar. Vou arrumar minhas rodas e não vou pagar. Mas nesse quarto eu não vou ficar!

sábado, 10 de abril de 2010

Instinto sujo (Descrição de um sonho)

"...eu e ela, um de frente para o outro a cerca de 5 metros de distância. Olhos fixos, ódio no coração, a vontade de vencê-la é que pulsava meu coração. Ainda olhando para mim ela arranca de suas costas uma arma motorisada; eu tirei a minha também, coberta de fogo. Todo o estrago possível foi feito... ninguém se feriu."

Instinto sujo (Descrição de um sonho)

"...as sete pessoas estavam amarradas e caminhavam pela floresta em fila indiana. Todos sujos de terra, suados e cansados de tanto esforço. Avistaram mais abaixo o outro bando amarrado caminhando entre fileiras de milho, os rivais. Ao se verem, correram uns aos outros juntos até se chocarem, o primeiro grupo exterminou o outro. Eu fiquei assistindo tudo de perto, ninguém me viu. Eu vi tudo e ninguém me viu, ninguém me viu..."

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mal Digerido

Trancou-se no corredor e ali ficou! Ninguém o tirou, ninguém ao menos o tentou tirar, as paredes apertaram-o novamente e dalí sua boca gritou "Vão e gerem luz como eu gero força". Os demais entusiasmados correram para baixo e caíram no quarto vermelho "É aqui que o fogo se alimenta, cadê nossa luz?" gritaram! O pobre acima viu tudo e lhes disse "Partam-se, tranformem-se em claridade e clarão... este é o limite da vida" e ali continuou fixo no corredor mole!
A mãe agitada, correndo de um canto para o outro da casa, responde ao filho apressadamente "Filho! Mamãe tá ocupada, entra no carro que já vamos no médico". O filho entra no carro, inclina o banco e carrega sua mão acima da barriga pensando "Como foi acontecer isso? O que tranca minha garganta?" e não abriu mais o olhos. A mulher procurava desesperadamente seu cartão de crétido, seu casaco de pele e seus sapatos vermelhos-estômago comprados ontem. Este é o limite da vida.

Previsão do Tempo

O tempo destrói tudo... e tem grandes chances de chover hoje!

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Projeto!

Quatro jovens, não estudantes de cinema, resolvem pegar uma câmera e entrar floresta a dentro para fazer um documentário sobre a lenda de uma bruxa que viveu ali. Ou simplismente para ter um registro da época que estavam tentando desviar - época rotineira e com pouca surpresa. Os quatro nunca mais foram vistos. Dia após dia suas expressões mudaram, sorrisos apareceram, pensamentos otimistas! Jovens projetados não mais pelo Sistema.

Prece Cósmica

"Simples... era o auge da psicodelia, a igreja era (e é) instrumento do estado conservador... nada mais justo, que criar uma outra prece, que não a da igreja... Então surge a Prece Cósmica.... antes de dormir faça a sua! - Vinícius"

Minha prece:

Saia de cima de minha janela e
Pules os degrais da porta
que cobre os que pouco falam
Neutros por cimento e pedra dura
Anjos conservadores e altos por
confiarem um nos outros e não em si
Que algo mais forte os faça mudar
Da escada cinza à janela mais próxima
"Para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar,loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações..." J. Kerouac

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não!

O que há acima do telhado de sua casa? Além das antenas de televisão, das árvores que encobrem, das nuvens que tapam e dos prédios, milhares deles, que nos cegam. Além do céu azul, do céu cinza, do céu amarelado, alaranjado. Além da migração dos pássaros, dos aviões, da pequena e luminosa Lua e do magnífico Sol. Além dos poucos planetas conhecidos, das luzes no céu, das galáxias, das milhares de bilhares de estrelas não-ocultas pela fumaça. Além dos buracos negros, das fontes de energia inimagináveis, da poeira cósmica, da possível vida extraterrena. Do Infinito.
Vou ficar embaixo do meu telhado, no meu mundinho TV!

Não era pra acontecer!

Quando achei que podia descansar
Aí sim a torneira começou a pingar
Esperou o momento certo começar
Pra soltar água, cair no chão e cantar
Sem mais, me deparei com outro pingar
Levei um pano para a água enxugar
e cai!

Do mar para o lar

O frio volta a bater a minha porta
Entra pelos diversos cantos da parede
Aterrisa em qualquer azulejo branco
Sua batida levanta a madeira e entorta

Traz consigo o frescor de uma inspiração
Minhas ideias são aquecidas igualmente
Veio para me ensinar a viver parcialmente
"Vá e enegreça como olhos de tubarão".

Cosmonauta Caseiro

No domingo bateu um vento fraco
Chuva rala, sem vida, céu frio
O cinza tomou conta da minha cabeça
Sempre penso que isso não acontecerá

Será que os astronautas descem hoje?
Eles nos deram um tempo previsto disso
Malditos que nos enganaram e não avisaram
É apenas uma ideia fraca da massa cinzenta

Quatro paredes diminuem o relógio
Cada minuto mais perto de achar a verdade
Uma verdade nascida com a mais triste chuva
Chuva rala, sem vida, céu frio
Fotografias, história do mundo, escrita, construções, deformação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, cinema, polêmica, música, compôr, poemas, família, bizarro, cabeça, tecnologia, lixo urbano, cósmo, futuro, amigos, línguas, socialismo, café, vinil, mulher, bateria, apre(e)nder, expressão, arte, comunicação, energia, cor, imagem, ideal, definição...
Explosão Mental!

Para os que viveram em séculos passados.

Estou acreditando que todas as pessoas hoje tem uma cabeça turbulenta, o que as difere é que umas apenas turbulentam em público e outras turbulentam na própria cabeça! Quem exibe demais em público é rotulado como "louco", "revolucionário sem futuro", "sonhador" (no pior sentido de sonhador) e coisas do mesmo; quem aplica isso em si mesmo fica perdido e tem grandes chances de entrar no mundo podre!
Tentar um meio termo? Não muito e nem pouco? Não pra sociedade e nem pra si mesmo? Não no século vinte e um.

Atemporal em tempos temperamentais!

Todos ao meu redor estão acomodados, alguns bebem pra fugir do mundo real por meia hora, mas porque eles se alimentam disso?
Será que eu sou o único que quer revolução aqui e agora?
Agora, Agora, 23:31 eu quero revolução!
Quero gravar um filme, quero dinheiro fácil, quero trabalho voluntário, quero me formar, quero brigar contra o sistema, lutar pelos meus ideias e enterrar aqueles que buscam diminuir os que não são da equipe.
Será que se as formigas que matei no meu corpo resolveram minhas preocupações? Será que minhas idéias irão acabar logo de tanto deixá-las paradas? Elas estão paradas porque a sociedade quer? Eu quero movimentá-las, porque não estou movimentando?
Nesse momento eu queria estar trabalhando numa loja de queijos na Polônia, ora, um dia ainda vou estar lá!
Que sonhos...

Medo

02:02 da manhã e alguém bateu na porta.

-Fala!

Acordei e fui comer pão com casquinha
Elas voaram e me induziram ao Kyrit
Uma mistura de café com coca malvada
A coca serve pra não deixar o café
Muito quente esses dias aqui

Elas não apenas sairam do pão
como levantaram vôo, foram pro teatro
tocaram chimbau em semi-colchea
a menor tocou gaita de boca
com sabor de pão-torrado

Deve ter sido de tanto assoprar
Dizem que assoprar esquenta!

Meu melhor amigo

Sempre o vejo passando
Nos seus melhores momentos me inspirou
Aquela vontade de ser ele todo momento
Nas ruas eu ando como ele
... e justo hoje ele me traiu
O admirei tanto que perdi a noçao de tempo
Maldito Filme

Poema da Expressão de Sentimentos por Poemas

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Uma vez por semana, durante um ano! Ao som de Harry Belafonte
passar noites e noites bebendo
discutindo sobre política falando bobagens e poesia
bebedeiras de jovens poetas, noites de prosa e alegria
oh isso isso
quero beber, faz anos que nao bebo, ja estou barbudo
barbudo e desempregado, passando frio na rua da amargura
''pobre hombre''
oh a ela cura tudo isso até corta minha barba
garota que nem sabe desde quando está nesta
ela procura toda primavera uma forma de viver
achou seu companheiro a um ano e pergunta pra ele todo dia:
"vamos viver?"

Do alto da pedra

Do alto da pedra eu vejo cavalos
eu vejo cercas escondendo arvores
vejo pedras escondendo luzes

No alto da pedra vejo pessoas
eu ouço sirenes
vejo uma menina fotógrafa

Até o alto da pedra eu não vejo
sinto vento no meu braço
sinto cheiro de terra laranja
com cavalos, cachorros, ferro velho
placas, caminhões e prédios
Porque no alto da pedra eu só vejo o que eu nunca senti before?

Poema do Ventilador Suicída

A marca me lembra Mondo Trasho
Mal foi montado já pulou pra baixo
Voaram umas três, quatro, cinco peças eu acho
Agora não gira mais porque perdeu o encaixo

Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010 - Tubarão

Tão quente que o ventilador se suicidou!
"A voz fina chegava aos meus ouvidos
Sobre cores que mudaravam rapidamente
Vermelho, azul, verde e roxo
Me lembro claramente do vermelho."

Haikai da Beltrana

"Subiu na drabina
olhou o farol
e brilhou sobre o mar"

Aquaman

Aquaman ergueu-se do chão
Aquaman disse um poema
Aquaman não foi ouvido
Aquaman terminou de dizer o poema
Aquaman deitou-se na cama
Aquaman desmanchou-se na cama
Afinal, Aquaman eram permeável
Esse Aquaman...

Julieta levou a cama para a lavanderia
Julieta levou a cama para lavar
Julieta levou a cama para secar
Julieta viu Aquaman indo aos ares
Julieta achou que era só agua
Afinal, Julieta não amava Aquaman
Esse Aquaman...

00:51

"zero zero cinco um
dois pontos os separando
cinco um se confrontando
zero zero são nenhum"


Ao ouvir esse poema, correu chorando para o seu quarto e enrolou-se nas cobertas. Petrova a perturbou com estes versos porque a amiga ficava acordada depois da meia-noite.
Nesta mesma terça feira, enquanto Petrova escolhia que roupa iria vestir em sua formatura, assustou-a instintivamente com o poema e, ao vê-la correr horrorizada novamente até o quarto, rapidamente entrou no mesmo quarto para ver a cara da amiga. Ao tirar a coberta de seu rosto, Petrova assistiu a figura mais grotesca de uma grande barata contorcendo-se na cama. Gritou alto para a casa inteira ouvir, mas lembrou-se que estavam sozinhas. A amiga veio embaratadamente em sua direção e comeu sua cabeça. Foi até a cozinha, rasgou as roupas de formatura da comida e as vestiu. Voltou ao quarto, olhou-se no espelho e cantou forte a música mais ouvida na rádio daquele mês. Apanhou Petrova que estava no chão e a jogou encima da cama em que antes chorou. Arrumou o lençol e deitou-se na cama para dormir.