segunda-feira, 5 de abril de 2010

00:51

"zero zero cinco um
dois pontos os separando
cinco um se confrontando
zero zero são nenhum"


Ao ouvir esse poema, correu chorando para o seu quarto e enrolou-se nas cobertas. Petrova a perturbou com estes versos porque a amiga ficava acordada depois da meia-noite.
Nesta mesma terça feira, enquanto Petrova escolhia que roupa iria vestir em sua formatura, assustou-a instintivamente com o poema e, ao vê-la correr horrorizada novamente até o quarto, rapidamente entrou no mesmo quarto para ver a cara da amiga. Ao tirar a coberta de seu rosto, Petrova assistiu a figura mais grotesca de uma grande barata contorcendo-se na cama. Gritou alto para a casa inteira ouvir, mas lembrou-se que estavam sozinhas. A amiga veio embaratadamente em sua direção e comeu sua cabeça. Foi até a cozinha, rasgou as roupas de formatura da comida e as vestiu. Voltou ao quarto, olhou-se no espelho e cantou forte a música mais ouvida na rádio daquele mês. Apanhou Petrova que estava no chão e a jogou encima da cama em que antes chorou. Arrumou o lençol e deitou-se na cama para dormir.

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