A noite. A noite sempre cai e me faz cair. Derruba as tropas da minha cabeça... e que peso. Giro em torno de mim mesmo e perco meu ritmo. Ali fecho os olhos e meu mundo para. Tudo para de girar e até mesmo o escuro pára para me escutar. Escutar um pulso e uma memória desconfiada. Nada mais justo ao silêncio.
Não durmo. Meus pensamentos não caem enquando meu corpo cai. Esses pregam-se na noite e me deixam esperando no quieto. Criam asas na Lua e junto a ela, brilham mais alto; brilham para me fazerem vê-los e para me lembrarem que ainda os possuo. Minhas memórias minhas maçãs podres. Meus atos duros me enterram na cama. Na terra.
É agora que os lençóis me absorvem, meu corpo treme e minhas luzes tornam-se azuis. Meus demônios descem da Lua aos voos com suas mãos enormes e furam meus olhos. Derrubam as paredes do meus quarto e atiram as esperanças contra o escuro. Não consigo mais ouví-las, não enxergo sequer minhas mãos. O azul tomou conta do meu eu e eu não sei como impedir. Eu não consigo abrir os olhos e é ameaçador. Dormi.
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