Sem cegueira e sem norte
Minha vida se resume a uma rua
Que nela meus pés apitam
E os caminhos não me respondem
Ainda depois lhe pergunto
Se quanto foi contruída
A verdade estava no concreto
E as ideiais eram areia molhada
Verdade é plástico!
quinta-feira, 29 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Fermentação pessoal
De asa de voo, caí e rolei
Sem recuperação me vi e me revi sob um espelho do chão ali
Aí bateu a violência!
De luz acesa ou apagada, porta aberta ou fechada
Eu rio sobre minha cama reta e branca, manta branca
Olhos girando e a mania nunca sai disso, nem daquilo
Eu fermento sobre a cama, sobre a terra com vinagre
Nenhuma dança me acompanha e nenhuma melodia me agrada
Violencio a mim mesmo mas não quero danos, chega deles
Disposição fica cai e me leva junto, disposição também fermenta
Bolor branco sobre a cama, me lavo e não estou novo, me controlo
Não, sem televisão, sem melodia, sem nenhuma causa, sem amores
Leve ar e denso bateu agora! Como pude dizer tudo isso? Estou aqui
Me olho no espelho e só vejo a figura que mais vejo!
Parei para pensar um pouco! Fermententei!
Tudo finalmente acabou. Meu bolor.
Sem recuperação me vi e me revi sob um espelho do chão ali
Aí bateu a violência!
De luz acesa ou apagada, porta aberta ou fechada
Eu rio sobre minha cama reta e branca, manta branca
Olhos girando e a mania nunca sai disso, nem daquilo
Eu fermento sobre a cama, sobre a terra com vinagre
Nenhuma dança me acompanha e nenhuma melodia me agrada
Violencio a mim mesmo mas não quero danos, chega deles
Disposição fica cai e me leva junto, disposição também fermenta
Bolor branco sobre a cama, me lavo e não estou novo, me controlo
Não, sem televisão, sem melodia, sem nenhuma causa, sem amores
Leve ar e denso bateu agora! Como pude dizer tudo isso? Estou aqui
Me olho no espelho e só vejo a figura que mais vejo!
Parei para pensar um pouco! Fermententei!
Tudo finalmente acabou. Meu bolor.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Das noite às manhãs
Canta minha noite, que meus pés te acompanham
E esqueça as mentiras que a Lua te conta!
Não vá embora antes da luz laranja do Sol
Me siga pelas ruas ou me guie sem rumo
Me embriague e me transforme em vinho
Da cor do sangue e tinja a Lua
Tão de repente me derrote em uma das ruas
Para que um dia novo cresça.
E esqueça as mentiras que a Lua te conta!
Não vá embora antes da luz laranja do Sol
Me siga pelas ruas ou me guie sem rumo
Me embriague e me transforme em vinho
Da cor do sangue e tinja a Lua
Tão de repente me derrote em uma das ruas
Para que um dia novo cresça.
domingo, 11 de julho de 2010
Vitamina Noturna
A noite. A noite sempre cai e me faz cair. Derruba as tropas da minha cabeça... e que peso. Giro em torno de mim mesmo e perco meu ritmo. Ali fecho os olhos e meu mundo para. Tudo para de girar e até mesmo o escuro pára para me escutar. Escutar um pulso e uma memória desconfiada. Nada mais justo ao silêncio.
Não durmo. Meus pensamentos não caem enquando meu corpo cai. Esses pregam-se na noite e me deixam esperando no quieto. Criam asas na Lua e junto a ela, brilham mais alto; brilham para me fazerem vê-los e para me lembrarem que ainda os possuo. Minhas memórias minhas maçãs podres. Meus atos duros me enterram na cama. Na terra.
É agora que os lençóis me absorvem, meu corpo treme e minhas luzes tornam-se azuis. Meus demônios descem da Lua aos voos com suas mãos enormes e furam meus olhos. Derrubam as paredes do meus quarto e atiram as esperanças contra o escuro. Não consigo mais ouví-las, não enxergo sequer minhas mãos. O azul tomou conta do meu eu e eu não sei como impedir. Eu não consigo abrir os olhos e é ameaçador. Dormi.
Não durmo. Meus pensamentos não caem enquando meu corpo cai. Esses pregam-se na noite e me deixam esperando no quieto. Criam asas na Lua e junto a ela, brilham mais alto; brilham para me fazerem vê-los e para me lembrarem que ainda os possuo. Minhas memórias minhas maçãs podres. Meus atos duros me enterram na cama. Na terra.
É agora que os lençóis me absorvem, meu corpo treme e minhas luzes tornam-se azuis. Meus demônios descem da Lua aos voos com suas mãos enormes e furam meus olhos. Derrubam as paredes do meus quarto e atiram as esperanças contra o escuro. Não consigo mais ouví-las, não enxergo sequer minhas mãos. O azul tomou conta do meu eu e eu não sei como impedir. Eu não consigo abrir os olhos e é ameaçador. Dormi.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Tão Longe Tão Vulgo
Hoje é o dia de largar meus úteis e de nenhum resistir
De dizer a minha ente querida um adeus e a cidade grande cidade alegre um olá
Cidade livre, descuida e sempre coberta do champagne chantilli doce
Grande cidade, minha nova urbana cheia de vida limpa e boeiros de maciço
Dos choques de raças e de ruas alfaltadas, calçamentos e dos prédios amarelos
Dizer que ao chegar em casa, eu deito no colchão e abaixo vejo a cabeça já conhecida
A qual no mundo desreal me entende e tão real quando meu novo instinto desmente
De dizer a minha ente querida um adeus e a cidade grande cidade alegre um olá
Cidade livre, descuida e sempre coberta do champagne chantilli doce
Grande cidade, minha nova urbana cheia de vida limpa e boeiros de maciço
Dos choques de raças e de ruas alfaltadas, calçamentos e dos prédios amarelos
Dizer que ao chegar em casa, eu deito no colchão e abaixo vejo a cabeça já conhecida
A qual no mundo desreal me entende e tão real quando meu novo instinto desmente
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Besouros e a trilha sonora
Um homem morre de infarto enquanto rega as plantas do jardim e cai sobre a grama verde. Abaixo, dezenas de besouros escutam, movem-se e cantam.
Fora de si
Se desmente num ato, cria outro logo em seguida
Só não faz daquilo que sempre sonhou, mas não sonha mais
Agora só corta folhas e a grama que sempre vive alta
A grama que conserva as larvas do passado e da ilusão
Nada mais pega sol, que arrepio na barriga
As borboletas agora são larvas que se cruzam e brigam
Me engolem de dentro pra fora
Seguem sua vida escura no interior, meu interior fantasiado
Mas bem mais clara desta aqui fora, perto do claro
Só não faz daquilo que sempre sonhou, mas não sonha mais
Agora só corta folhas e a grama que sempre vive alta
A grama que conserva as larvas do passado e da ilusão
Nada mais pega sol, que arrepio na barriga
As borboletas agora são larvas que se cruzam e brigam
Me engolem de dentro pra fora
Seguem sua vida escura no interior, meu interior fantasiado
Mas bem mais clara desta aqui fora, perto do claro
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