quinta-feira, 26 de maio de 2011
De uma vez por nunca
Doce de pedra, meu olho de cobra, minha vida redonda e desgostosa. Homem, de vez, da minha vez de ficar, de orar, de implorar a sair! Só ora quem chora, eu choro, eu não quero orar, minha mãe ora, minha rotina é terrível! Sou tão terrível quanto qualquer rotina, é eu não levo jeito para as coisas da vida, eu levo comigo uma grande pedra no fígado que deseja despertar de hoje em diante em minha vida, em minha rotina, eu meu paraíso de fogo e fada e ventres abertos para mentes que continuam a desenhar o impossível, a quarta dimensão, sendo que esta é o amor. Mas o amor em sua plena forma, sua forma líquida, a qual evapora em contato com o ar, em contato com o homem, em contado com o primeiro sentimento alienado: a dor. Se eu fosse um pedaço de dor, atacaria todas as pessoas que não amam, ou que amam e sabem amar! Eu ataria todo mundo que estivesse de pé na ponte e no silêncio que eu trago comigo além da rotina. O silêncio é tão poderoso quando minha mão, que faz de tudo para contorcer e espremer e cozinhar as bexigas da minha alma, tão cheiras de líquido: o amor. Talvez este seja o motivo no qual sempre recebemos e perdemos amor, é como a água. Enche e esvazia, não só esvazia quanto também leva uma noite inteira para refluir. Eu quero é dormir e sonhar como um ônibus viajando a noite. Só ele tem amor!
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